Talvez um dos maiores desafios enfrentados por uma empresa familiar seja o momento da sucessão. Como planejar? De que maneira o fazer de modo profissional e responsável?
Para saber a resposta dessas e de outras questões, acompanhe o artigo e boa leitura:
Como preparar transição de gerações para a sucessão empresarial em empresas familiares
Senioridade é um dos atributos mais importante para arbitrar um processo sucessório. Trazer um diálogo com transparência, confiança, e construir um caminho conjunto, entendendo neste cenário as fragilidades inerentes a este desafio.
No transcorrer da vida a relação que une uma família é muito forte, e não percebemos muitas vezes que podemos não saber como endereçar diálogos e conversas difíceis.
Ao encorajar um familiar em uma empreitada de negócios se faz necessário um certo desprendimento da relação e do próprio negócio.
As estatísticas apontam que apenas 33% das empresas familiares na primeira geração são capazes de dar o passo seguinte e continuar seus trabalhos com a segunda geração.
Essa baixa taxa de sucesso é um reflexo claro de que a processos podem ser um grande desafio, e necessita ser enxergada além de perspectivas objetivas.
Um novo olhar para a sucessão empresarial
A grande questão levantada quando falamos de sucessão empresarial é:
como e quando devo fazer em minha empresa?
O maior erro é tratar a sucessão empresarial como um evento, cuidando dela apenas quando de fato ela precisar acontecer. Planejar antecipadamente para não ter que enfrentar questões importantes no calor do momento, o que muitas vezes pode influenciar negativamente as tomadas de decisão.
Logo, a sucessão empresarial precisa ser planejada como cuidar da saúde, começar cedo, e dar continuidade ao longo do tempo.
A sucessão empresarial precisa ser tratada como um processo!
Esse cuidado com o processo em preparar os herdeiros ou sucessores ao longo do tempo, com dedicação, afinco resultará em uma transição tranquila, muitas vezes passando despercebida aos olhos do mercado.
Para essa preparação não é preciso apenas de capacitação, treinamento ou alguma graduação. Um bom planejamento inclui experiências desafiadoras e o auxílio de um mentor, que será figura importante durante o processo de transição.
A sucessão empresarial só pode ser feita de fundador para herdeiro?
Não. A sucessão empresarial para um herdeiro realmente pode ser uma boa ideia quando realizada de maneira planejada. No entanto, ela não é a única alternativa. A separação entre herdeiros ou incorporar um executivo externo pode ser um caminho frutífero, sobretudo se pararmos para pensar nas vantagens referentes à submissão ou insubordinação que podem ser pontos delicados em uma sucessão de herdeiros.
E estar preparado para muitas possibilidades, faz-se necessário. Abrir capital, propor a compra total por um sócio, realizando uma reestruturação societária, ou até mesmo encerrar o negócio de maneira programada podem ser forma diferente o desejo ou melhor resultado para as partes objetivando manter a saúde financeira daquela família em ordem.
Como saber se o herdeiro tem perfil para assumir a responsabilidade?
E ainda que seja um desejo manter os negócios na família, ter certeza de que aquele novo membro tem um perfil para a tarefa é fundamental. Escutar e entender perceber que muitas vezes a obrigatoriedade em assumir a empresa é motivo de angustia para alguns, que desde muito jovem acompanha mais passivamente dos movimentos relacionados ao negócio da família.
Ai está o risco o insucesso na transições entre gerações. Não por acaso, o sucesso de uma empresa pode estar atrelado às características pessoais do sucessor. Por isso, cabe avaliar se as características principais que ajudam a empresa a se manter crescendo estão presentes também nos futuros sucessores.
Como evitar conflitos durante a transição?
Sabendo que os conflitos fazem parte de qualquer relação, sobretudo quando falamos de sucessão empresarial onde opiniões pessoais, questões familiares e tantas outras peculiaridades acabam influenciando no processo. Ter cuidado em trazer um personagem externo com experiência para dentro deste núcleo familiar para participar ativamente com a importante missão intermediar diálogos, propor acordos, motivar debates e, principalmente, orientar por meio de sua experiência.
Como transformar o processo em um nova visão para companhia?
É natural que o fundador com seu amor a companhia, esteja muito envolvido com os processos, afinal a tanto tempo se dedica com tanto afinco a empresa, estando a frente das decisões por anos.
Decisões essas que foram determinantes para o sucesso obtido.
A concepção para uma nova jornada ajuda os fundadores e sucessores, e uma mentoria é fundamental para auxiliar nesse processo.
Nesse processo é possível incluir um programa de desligamento gradual, sem rupturas totais e abrutas a fim de fornecer uma transição mais certeira e oferecendo ferramentas para que o fundador passe sua experiência ao sucessor e assim se sentir tranquilo no processo.
Definir em conjunto um planejamento financeiro para a o fundador e assim garantir a estabilidade financeira deste.
A família precisa estar engajado no processo?
Sim. A família precisa fazer parte do processo de maneira ativa. Com uma família comprometida é possível assegurar maior longevidade e compromisso.
Com a família envolvida, decisões como planejamento patrimonial em vida, escolha de sucessor e aplicar o desenvolvimento da visão estratégica adotada na corporação se tornam mais fáceis e evitam grandes conflitos.
Agora que você já sabe da importância em contar com a senioridade e experiência de um bom mentor durante a sucessão empresarial, poderá se planejar.
Ingo Ploger, brasileiro, empresário, engenheiro e economista, com grande experiência internacional; Ingo tem auxiliado muitas empresas e instituições governamentais na identificação e desenvolvimento de novos negócios e no estabelecimento de investimentos.