Conselho Permanente da OEA discutiu o papel das parcerias público-privadas no futuro das Américas

Escrito por Ingo Ploger em .

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) promoveu, em 20 de novembro de 2013, em sessão especial, um debate sobre “As Américas no cenário econômico global em mudança: o valor das parcerias público-privadas”, que contou com a participação de destacadas figuras do setor privado da região.

A Presidente do Conselho Permanente e Representante Permanente de Antígua e Barbuda junto à OEA, Deborah -Mae Lovell, abriu a sessão lembrando que “nos últimos anos a Organização dos Estados Americanos iniciou esforços para facilitar um diálogo construtivo com os principais parceiros das Américas, incluindo a sociedade civil e o setor privado. Vimos mais apoio de líderes empresariais e empreendedores de projetos e iniciativas dos grupos vulneráveis e temos estabelecido um diálogo significativo nos fóruns do setor privado, tanto da Assembléia Geral da OEA como nas Cúpulas das Américas”.

Representando o setor privado da região destacamos Michael Lee Chin , presidente do Portland Holdings Canadá e Jamaica; Samuel Urrutia, presidente do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL), Stanley Motta, presidente da Copa Holdings e Presidente da Motta Internacional do Panamá; Carlos Bulgheroni, presidente da Bridas Corporation da Argentina; Carlos Añaños, conselheiro e presidente para a Ásia da AJE, Peru; Roberto Zamora, CEO da Lafise e presidente da Fundação Zamora na Nicarágua; Ingo Plöger, presidente do do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL-Chapter Brasil) e presidente da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional no Brasil; Ross Anderson, vice-presidente do Scotia Bank, do Canadá; Jodi bond, vice-presidente para as Américas da Câmara de Comércio dos Estados Unidos , e Diego de la Torre, Presidente da La Viga, Peru, e Presidente do Pacto Global da ONU.

Samuel Urrutia, presidente do CEAL International, sublinhou a necessidade de “trabalhar em marcos regulatórios, incentivos, financiamento, banda larga, infraestrutura e formação, áreas em que o Estado e o setor privado têm que trabalhar juntos e coordenados”. O líder empresarial resaltou as possibilidades que os jovens representam para a região, mas também a responsabilidade de fornecer a eles as ferramentas necessárias para competir no mercado de trabalho. No final de sua apresentação, Urrutia propôs “a criação de uma comissão de trabalho Estado-empresa- sociedade que seja criada com o objetivo fundamental de propiciar a expansão das parcerias público-privadas para tratar de questões centrais que tenham um impacto concreto.”

Ingo Plöger, presidente do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL-Chapter Brasil) e presidente da IP Desenvolvimento Empresarial e e Institucional, mencionou os desafios que os governos enfrentam em todo o mundo em termos de desnutrição, falta de água e acesso a medicamentos essenciais. Plöger ressaltou que morrem a cada semana no mundo 120 mil crianças por desnutrição ou por falta de acesso a medicamentos essenciais, de modo que questões como esta devem estar no centro das políticas de desenvolvimento dos países da região. “Temos de encontrar respostas para esta situação, as respostas que incluem crescimento e inserção social, com redução da pobreza”, disse ele . Nesse contexto, refletiu, é necessário haver sustentabilidade econômica que ampare a sustentabilidade social, e é nesse ponto que se destaca o papel do setor privado, como motor da economia e como eixo a ser parte da solução para estes desafios.

O Secretário Geral Adjunto da OEA, Albert Ramdin, lembrou que desde 2006 a Organização tem um mandato para promover o bem-estar económico dos Estados membros . “A democracia, que é a nossa primeira prioridade, não pode ser forte ou verdadeira se os cidadãos das Américas estão lutando contra o desemprego, demissões, salários baixos ou insegurança alimentar”, disse Ramdin . Ao mesmo tempo, continuou, “a Organização reconheceu que o bem- estar econômico não pode ser a única responsabilidade dos Estados. Em vez disso, os governos, a sociedade civil e os setores público e privado devem trabalhar juntos para promover o crescimento econômico que apoia a estabilidade, a democracia e o progresso.”

O alto funcionário da Organização disse que a OEA continua empenhada em trabalhar com os Estados-Membros sobre o comércio e acrescentou que “enquanto estamos enfrentando novos desafios, temos de encontrar novas soluções. Estas novas soluções vizualizam novas visões, novas parcerias e ações. Acho que devemos estar dispostos a colaborar com novos parceiros em um ambiente transparente que facilite o respeito mútuo”. Ramdin, que resumiu as conclusões do debate para sua finalização, salientou que, no marco do diálogo da sessão, é importante considerar que “todos buscamos o mesmo fim, uma sociedade próspera, estável e pacífica e o que nós estamos fazendo aqui é analisar como podemos estabelecer uma relação entre os vários partidos para alcançar esse objetivo.”

A sessão foi presidida pela Representante Permanente de Antígua e Barbuda, Deborah -Mae Lovell, e incluiu as intervenções dos representantes do México, Panamá, Chile, República Dominicana, Venezuela, Costa Rica, Dominica, Brasil, Jamaica, Guiana, Canadá, Estados Unidos, Guatemala, Nicarágua e Colômbia.

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